O filme PLAY, da diretora chilena Alicia Scherson, é destaque na Mostra de Longas
PLAY lança um olhar agridoce sobre as relações humanas
A enfermeira Cristina, uma recatada e solitária jovem do interior, adapta-se à vida da cidade enquanto trata de um velho húngaro doente, tendo como únicos momentos lúdicos aqueles em que passeia pelo seu bairro ou joga “Street Fighter” no salão de jogos do bairro. Tristán é um arquiteto que não se sente motivado pelo trabalho nem pelo casamento. Ele abandona tudo e volta para a casa da mãe. No caminho é vítima de assaltantes que levam sua mala com documentos, isqueiro, cigarros, fotografias e o IPod. Cristina encontra a mala que contém estes objetos, sente um entusiasmo e uma curiosidade que a encorajam a seguir e tentar conhecer o seu dono na esperança de que o seu dia-a-dia se torne menos solitário e rotineiro.
Comparada a Hal Hartley e Sofia Copolla, a diretora Alicia Scherson apresenta uma obra modesta, pontuada por ocasionais singularidades, caso do interessante recurso ao som e dos jogos temporais da narrativa, oferecendo um trabalho formal inventivo e despretensioso. Segundo Scherson, PLAY é um conto de fadas urbano e, através das aventuras da Cristina, proponho novas questões sobre a identidade na América Latina. Penso que só a ficção tem o poder para abordar um assunto como este sem dar respostas simples e dogmáticas, mas antes abraçando-o levemente, com toda a sua complexidade e até, eventualmente, sendo capaz de gerar um novo espaço para reflexão e discussão.
Visite o site de Play, e escute as músicas que embalam a ficção chilena.
Mostra de Longas Mercosul
Teatro Ademir Rosa, no CIC
PLAY, de Alicia Scherson
dia 03– domingo, 21H
dia 03– domingo, 21H
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