terça-feira, 5 de junho de 2007

Lurdinha vive

Documentário de César Cavalcanti fez sua primeira exibição pública no FAM 2007

Márcia Konder incorporou Lurdinha no documentário de César Cavalcanti

A história do documentário Lurdinha, a vendedora de ilusões, começou em 1998, quando César Cavalcanti trabalhava na produção de Novembrada, filme de Eduardo Paredes. Durante as filmagens, ele e sua companheira Janete, avistaram a atriz Márcia Konder caracterizada como a vendedora de loterias Lurdinha, e espantaram-se com a semelhança entre atriz e personagem. Estava lançada a idéia do documentário.


Depois de uma carreira marcada por trabalhos em grandes produções como Kuarup e A Ópera do Malandro, longas de Ruy Guerra, Cavalcanti decidiu tornar Lurdinha seu primeiro trabalho autoral. A produção começou em 2001 e ainda hoje, depois do filme pronto, Cavalcanti ainda busca patrocínios para finalizar a pós-produção do documentário, que estreou no FAM 2007.

Cavalcanti resolveu inovar ao mesclar os elementos do documentário tradicional no formato de seu filme. A personagem interpretada por Márcia Konder reaparece viva nas memórias dos participantes do documentário, que relembram a figura inesquecível da vendedora ambulante de loterias, que caminhava pelo centro da cidade tratando a todos com enorme respeito.

Uma figura adorada pelos ilhéus, parte do imaginário da cidade, que teve uma morte trágica.

Mas, no documentário de Cavalcanti, o final de Lurdinha é poético e emocionante, merecendo aplausos em cena aberta na sua exibição no FAM no último sábado, dia 02, na Mostra Competitiva de Vídeos do Mercosul.

Para César Cavalcanti, o cinema catarinense evoluiu muito nos últimos anos graças ao esforço de todos os realizadores e também à contribuição do Florianópolis Audiovisual Mercosul. Para que a cinematografia catarinense realmente se desenvolva basta que as autoridades responsáveis pela cultura em nosso estado olhem para os realizadores e para eventos da importância do FAM com a merecida consideração.

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