sábado, 2 de junho de 2007

Beto Brant solta o verbo depois da sessão de Cão Sem Dono

Na noite de ontem, após a sessão de abertura da Mostra de Longas do Mercosul, Beto Brant concedeu uma entrevista para o cineasta Marco Martins, da equipe de imprensa do FAM 2007, e para o jornalista Fábio Bianchini, do Diário Catarinense.


Brant falou sobre a distribuição e exibição de filmes brasileiros, sufocados pelo domínio do mercado comercial, e sobre as possibilidades que propostas alternativas e eventos como o FAM proporcionam: A gente se dispõe em ir buscar o público. É um público alternativo, não o público de Shopping Center. Agora mesmo eu tava no Rio e um cara chegou na minha e falou: Pô, Beto! Eu te conheci há 10 anos, no debate do “Os Matadores” lá na universidade. Então é o seguinte: a gente sabe que o que acontece com os nossos filmes, mesmo com pouca bilheteria, é que eles são filmes longevos.

O ofício do cineasta também foi tema da conversa: O cineasta tem que ter postura, caráter e motivação. Têm gente que encara o cinema como negócio, que pega um subproduto da televisão, transforma num produto o mais charmoso possível e vai atrás do dinheiro. Tem outros que correm atrás de um resultado artístico, de uma individualidade, de diversidade. É preciso individualizar nossos atos, buscar uma concepção independente da vida, nas questões sociais, políticas, de fórum íntimo.

Brant falou ainda sobre o processo criativo de Cão Sem Dono, o filme que lotou o Teatro Ademir Rosa na noite de abertura do FAM 2007: O filme é uma história de amor, história de um moleque que sai da faculdade, que estudou letras e que não sabe como buscar o lugar dele. Não tem Porto Alegre em cartão-postal, mas tem o universo das pessoas de lá.

A entrevista completa você poderá conferir em breve nas próximas edições do Diário Catarinense e aqui no blog do FAM 2007.

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