Obdulio é um garoto que vende jornais nas ruas de Montevideo. A escola não é sua prioridade porque ele precisa sustentar a família. Obdulio não sabe ler. Mas nas noites mágicas de verão, o carnaval vai surpreendê-lo com seus personagens coloridos. Nestes encontros cheios de brincadeiras, música e jornais, Obdulio conhece um guia para novas aprendizagens. Um misterioso mentor que lhe abrirá a janela à educação, ensinando-o as letras dos blocos carnavalescos durante o reinado do Deus Momo.
Obdulio encontra a beleza das coisas através das palavras.
“Não queria dar ao filme um tratamento equivocado, oferecendo apenas um retrato duro e amargo sobre as condições em que vivem Obdulio e outras milhões de crianças do Terceiro Mundo. Muitos filmes latino-americanos já tocaram nesse tema de uma forma que eu jamais poderia superar. Não me interessava falar em A Dios Momo somente da dramática situação econômica e social que envolve Obdulio. Queria acrescentar à sua história um componente que, de alguma forma, pudesse ser interpretado como um sinal de esperança e otimismo. E a melhor forma que encontrei foi introduzindo os elementos mágicos e espirituais que acabam por afetar positivamente sua vida. Eu espero que as crianças que assistam A Dios Momo entendam que no mundo que nos foi reservado viver, além da violência e do crime, existe também o amor pelas palavras, os livros e o conhecimento.” O diretor Leonardo Ricardi em entrevista ao periódico mexicano La Opinión.
A Dios Momo, de Leonardo Ricagni (108 min, ficção, Uruguai)
Mostra de Longas Mercosul
Teatro Ademir Rosa - CIC
05 de junho
21:00 h
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